O manejo adequado da braquiária envolve diversos aspectos, desde a preparação do solo e adubação até o pastejo e controle de pragas e doenças. A altura de manejo da forrageira é crucial, e a correção da acidez e adubação do solo com base em análises específicas são importantes para a saúde da planta e do solo. 1. Preparo do Solo e Adubação: Análise do Solo: Realize análises de solo para determinar a necessidade de correção da acidez e adubação com base nas características do solo e da braquiária. Calagem: Aplique calcário para corrigir a acidez do solo, elevando a saturação por bases. Adubação: Adube com nitrogênio, fósforo e potássio, conforme a análise do solo e as necessidades da planta. Enxofre: Se a adubação não incluir fontes de enxofre, como superfosfato simples ou sulfato de amônio, aplique 30 kg/ha de enxofre na forma de gesso agrícola ou flor de enxofre. 2. Semeadura: Taxa de Semeadura: Utilize a taxa de semeadura recomendada para a espécie de braquiária e as condições do solo. Profundidade: Semeie a 3 a 6 cm de profundidade. Consórcio: Considere o consórcio com outras culturas, como milho ou sorgo, para otimizar o uso do solo e aumentar a produção de forragem. 3. Manejo da Forragem: Altura de Pastejo: Mantenha a altura da pastagem entre 25 e 35 cm no pastejo contínuo. Manejo da Água: Adapte o manejo da água de acordo com as condições do solo e da região. Em solos com alta umidade, pode ser necessário drenagem. Controle de Pragas e Doenças: Monitorize a área para identificar e controlar pragas, como lagartas, e doenças. 4. Outras Considerações: Escolha da Espécie: Selecione a espécie de braquiária mais adequada para as condições de clima, solo e tipo de produção. Ciclo de Vida: A braquiária tem ciclo de vida curto e pode ser substituída por outras forrageiras se necessário. Uso do Solo: A braquiária pode ser utilizada para pastejo, corte e produção de silagem.
Visualmente, a brachiaria brizantha pode se parecer com qualquer outra faixa de grama em uma propriedade. No entanto, essa planta tem características únicas, muito apreciadas por pecuaristas e produtores rurais em geral.
Neste artigo, vamos definir o que é a brachiaria brizantha, também conhecida como braquiária. Mostraremos suas principais características, dicas de manejo e outras informações relevantes sobre essa planta. Continue a leitura para saber mais!
É uma planta forrageira perene, cujo crescimento pode ser ereto ou semi ereto. Essa é uma espécie vegetal geralmente utilizada em pastagens como alimento para os animais (bovinos, equinos e caprinos, entre outros) e para melhorar a qualidade do solo.
As plantas forrageiras podem ser gramíneas — família de plantas que inclui a grama — ou leguminosas. A brachiaria se encaixa na primeira categoria, sendo muito importante para elevar o nível de matéria orgânica no solo e, consequentemente, a sua fertilidade.
Vale lembrar que há várias espécies de brachiaria, como a decumbens, a ruziziensis e a humidicola. No entanto, a brizantha é a mais comum no Brasil — e corresponde a aproximadamente 50% das pastagens nacionais atualmente.
Essa planta forrageira é originária da África, principalmente das savanas de regiões tropicais de países como Quênia e República Democrática do Congo.
Uma curiosidade é que ela foi introduzida no Brasil na década de 1960, primeiramente na região amazônica. Em seguida, ela se se expandiu para as regiões tropicais e subtropicais do país.
Um dos motivos do seu sucesso em terra brasileira é a capacidade de adaptação a diferentes tipos de solo e clima. Essa gramínea também se destaca por conta da sua resistência a incêndios, secas, invernos rigorosos, pragas e doenças do campo.
Uma das suas características mais marcantes é a capacidade de fixar nitrogênio ao solo, o que melhora os níveis de fertilidade da terra e reduz a necessidade do uso de fertilizantes químicos.
Pelo fato de o Brasil ser um dos maiores mercados pecuaristas do mundo, a brachiaria serve como fonte de alimentação para o gado. Além disso, a planta colabora com a estruturação do solo e pode ser cultivada em consórcio com outros produtos, como café e milho.
Contudo, o manejo precisa ser inteligente, uma vez que a brachiaria pode se tornar uma espécie invasora e brigar por espaço com outras plantas nativas — o que prejudica a biodiversidade daquela área.
Pelo fato de o Brasil ser um país de clima tropical, a brachiaria desempenha um papel crucial no sistema de plantio direto. Apesar de não ser a única opção para a produção de palha, ela se sobressai por sua resistência e alta capacidade de produção de biomassa, apresentando uma relação C/N (carbono e nitrogênio) mais adequada para durar em diferentes tipos de solo.
A gramínea pode ser introduzida no sistema de plantio direto de duas maneiras: semeada em monocultivo após a colheita da primeira safra ou em consórcio durante a segunda safra.
Em ambos os casos, a semeadura deve ocorrer durante o período da segunda safra, uma vez que as suas características de adaptação a climas tropicais não permitem um crescimento significativo em temperaturas mais baixas.
Conheça algumas etapas importantes para realizar um manejo eficiente da brachiaria brizantha!
Essa planta costuma florescer com a adubação, principalmente com fósforo, potássio e nitrogênio. Contudo, é preciso realizar análises de solo e contar com recomendações técnicas para fazer a melhor escolha.
Outro passo relevante é acompanhar a presença de pragas, como a cigarrinha. Enfermidades como a ferrugem e a antracnose também podem aparecer. No combate, pode ser necessário usar uma combinação de medidas de controle biológico e defensivos agrícolas.
A brizantha é resistente e costuma se adaptar a solos secos, mas a melhor prática de manejo é a irrigação regular. Isso ajuda, inclusive, na produção de forragem.
Em solos com um alto nível de umidade, pode ser preciso realizar uma drenagem para evitar o processo de compactação do solo.
Para os pecuaristas, a brachiaria é uma ótima forrageira para o gado. No entanto, é preciso realizar o manejo correto do pastejo para evitar o chamado superpastejo, quando o número de animais em uma área é superior à capacidade de suporte do solo.
Isso também pode causar a degradação precoce da pastagem. Dicas para evitar esse problema são a rotação de piquetes e o monitoramento da carga animal.
Nesse caso, não estamos falando de pragas, mas de possíveis plantas invasoras. Também é necessário monitorar a presença de outras espécies e tomar medidas para controlar a expansão.
É importante entender que o manejo correto da braquiária pode ajudar a maximizar a produção de forragem e melhorar a qualidade do solo. Contudo, é uma boa ideia consultar um agrônomo ou técnico agrícola para obter recomendações específicas e adequadas à sua propriedade.
Além da brizantha, podemos citar ao menos outros 3 tipos de destaque no Brasil:
Isso não significa que não existam outros tipos de brachiaria. No entanto, esses principais representam cerca de 90% das pastagens cultivadas no Brasil. Entre os citados, o que mais se assemelha a ela é a decumbens.
A brachiaria brizantha se destaca pela capacidade de se manter ereta, além de perfilhar — processo de desenvolvimento de novos brotos aéreos em plantas, como gramíneas, cana-de-açúcar e milho — menos.
Outra característica que a diferencia é que ela não emite raízes adventícias, aquelas que surgem em caules ou folhas de uma planta, nos nós inferiores de cada colmo.
Por fim, um diferencial importante em relação a outras forrageiras tropicais é que a brachiaria exige menos para crescer — isto é, ela floresce em diferentes tipos de solo, com o manejo adequado.
Isso porque ela tem um sistema radicular eficiente, com raízes que podem chegar aos quatro metros de profundidade. Esse diferencial também ajuda a entender o motivo de ela ser utilizada para reciclar e preservar nutrientes do solo.
Como vimos no artigo, a brachiaria brizantha está longe de ser uma grama comum. Afinal, essa é uma planta forrageira que auxilia a pecuária e melhora a qualidade geral do solo. Além disso, pode ser plantada em conjunto com produtos como milho e café para gerar mais produtividade nas colheitas.
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